segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


No mar da irrealidade me encontro sem saber pra onde ir, sussurros e berros me deixam acordada para a imensidão que lá se habita. Não sinto nada, só vejo tudo... Flores me deixam sentir o seu perfume, mas elas são más, me abandonam logo em seguida, como se quisessem me largar lá e nunca mais me fazer voltar. Isso tudo é indiferente pra mim. Mostram-me sua beleza, estonteiam-me da forma mais avassaladora que possa haver, até que decidem deixar tudo para trás, como se o que se vivenciou fosse apenas mais um dia ensolarado que as nuvens pretas apagariam facilmente com a chuva. Duendes não estão mais no fim do arco-íris, a única coisa que vejo são as sete cores, e nada mais. Tudo tão diferente do normal, tudo tão obscuro e perfeitamente imperfeito! Aliás, as cores que costumavam ser tão vivas, agora estão desbotadas, se ficarem acinzentadas até sumirem, não me assustarei. Sem contar que o dinheiro que os duendes sumidos guardavam não tem mais graça, as moedas de ouro parecem pó, não são agradáveis aos olhos, já que, para que você quer as moedas sem a graça de dizer aos donos carrancudos que chegou ali e merecia tê-lo? Apenas pegá-lo é como se a mágica houvesse fugido. – Gabriela Andrade e Tainá Andrade.