quinta-feira, 28 de junho de 2012


Queria por um dia saber o que se passa dentro do seu coração, da sua mente... Queria sentir todas as suas dores. Experimentar daquilo que tu tens medo, e por um momento, te fazer feliz. Queria por um mês aliviar sua tensão e te proteger de tudo que há de errado a sua volta, queria arriscar toda a minha vida por ti.
Dores... Pensamentos obscuros... Sentimentos imaturos... Eu hei de retira-los de ti, hei de provar o quão essencial tu és para que a luz do meu dia seja mais forte e mais bela como o por do Sol visto próximo aos enormes picos de areia.
Queria fazer-te aprovar de si própria, e acreditar no quão é a mais linda de todas as rosas. Se tu tens espinhos eles vão te ferir, mas eu hei de secar todas as suas lágrimas meu bem. Confia em mim, vamos fugir daqui. Mas além de mim, confie em ti.
E se tu vens me fazer uma visita a qualquer hora, serei o melhor ouvinte que alguém poderia ter. E se precisar de um abraço, prometo nunca mais te soltar... -Gabriela Andrade

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Zé.

Zé caminha serelepe pela estrada de barro lá do sítio de Arthur, enquanto sofria os efeitos daquela tarde chuvosa. Seu pé já estava todinho sujo, e a batata da sua perna já estava com cor de ferrugem de tanta lama. Arthur, um senhor já de idade corria em desespero atrás de Zé:
- Volta aqui Zé, Maria esta em pranto! – repetia cada vez mais para Zé, queria porque queria ver Zé voltar para Maria.
- Eu não volto mais, cansei de amar por dois. Que se dane Maria! – nervoso aos berros Zé respondia
 Zé se lembrava daquela manhã de domingo passado que Maria havia traído sua confiança. Tinha em mente todos os detalhes, todas as palavras ditas aos berros de Maria. Foi ao encontro dela com um ramo de flores, e com uma caixinha guardando uma aliança bem simplesinha com objetivo de pedir sua mão em casamento. Maria dizia que não daria nem seu pé para Zé.
- Não Arthur, eu não vou mais correr atrás do que eu sei que eu já perdi. – parou a caminhada furioso – Maria não me ama mais ela ama João.
- Ela tem medo Zé, por isso a confusão. Ela te ama, ama muito. – não foi muito convincente com seus argumentos.
- Então que me procure, e não procure João! – Zé um homem já formado, sem perceber estava chorando igual criança. Tentou disfarçar e virou o rosto tentando esconder o choro de Arthur.
- Esta chorando Zé? Se dói tanto por que não volta? –Arthur não controlou as risadas por ver seu amigo chorar – Não seja inseguro com si.
- Inseguro? – Desdenhou – Eu cansei! Cansei de correr atrás, cansei de amar por dois, como já havia dito. Maria não sente o mesmo por mim. Cansei de ser um boneco de manipulação - Respirou afobado como quem continuaria o assunto. – Eu não sei amar, é muita coisa para mim. Agora vou pegar aquela estrada – olhou atentamente em direção à linha do horizonte – E vou pra longe, nem sei onde. E não venha atrás Arthur.
- E Maria Zé? E Maria? – berrou tentando fazer Zé, que já estava longe, escutar.
- Maria? Maria que se dane!- sorriu – Se dane ela e João!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Observei durante meses suas atitudes, me encaixei em suas conversas e proporcionei momentos de reflexões entre nós. Hoje vejo que foi uma grande perda de tempo entregar-me para ti. Você não soube me usar.
Era um homem seguro adaptado a diversos argumentos, mas naquela tarde eu mudei. Perdi a consciência e ganhei o medo. Entreguei-me ao amor.
Amor seja este correspondido ou não, ele me faz inferior, me faz mais fraco. Com todos esses anos sendo livre dessas dores e seus derivados, só bastou ver seus olhos escuros e em um relapso de segundo perceber que não conseguiria evitar esse sentimento bobo.
Porém com meus vinte e dois de vida aprendi que nem a nossa morte é permanente.
Esse é o fim, ainda estou jovem demais para amar... - Josh. (Gabriela Andrade)

domingo, 10 de junho de 2012

Acordei depois de uma longa noite mal dormida... Estava frio, não só lá fora por meio das árvores, mas aqui dentro também.
Senti-me um tanto vazia e gélida, tinha medo da gritaria. Não, não havia ninguém gritando, pelo contrário estava calmo demais.
A única coisa que eu pude escutar foi o vento seco que batia de leve nas folhas das árvores. A gritaria da qual tinha medo, era a minha.
Assim como me senti fria, também pude notar que estava atormentada por medos inúteis.
Desejava uma companhia, quem sabe um alguém em especial, ou apenas alguém, não importa, eu estava só.
Olhei pela janela, e consegui ver a nevoa escura e fria que trazia com ela umas gotas de chuva.
Pássaros se escondiam em seus ninhos com medo da bem provável tempestade que iria chegar... Pude notar uma mera semelhança entre nós.
Assim como os pássaros, eu me escondia... Não tinha algum motivo concreto, só tinha medo do que me esperava lá fora.
Estava atormentada com o mundo, estava completamente louca. Tudo o que eu queria era voltar para a cama e sonhar com um casebre calmo e uma companhia.
Fui dormir...
Acordei...
Olhei pela janela, lá estava o Sol e um arco-íris... Quem dera eu compartilhar esse momento com alguém.
Olhei para a cama desarrumada, senti-me triste... Pois notei, que por mais um dia, eu estava só e eram apenas 6 horas da manhã.

Quero voltar a dormir mais uma vez...