quinta-feira, 28 de novembro de 2013

- Doce pontuação.

É impossível descrever uma dor, nunca se sente da maneira que deveria, sempre falta algo. Ás vezes se esquece uma virgula e um ponto, e se preenche por reticencias... Na vida também é assim; o ponto final é mais difícil de se encaixar. Já me peguei cheia de exclamações, sem falar ás vezes que usei a interrogação, mas de ponto final tenho poucas histórias, trágicas histórias. Os pontos finais da minha vida foram colocados por outros.
Já me peguei chorando querendo saber o porquê com interrogação, mesmo sabendo que a resposta era nula, sem reticencias ou pontuação, só nula. Não há respostas para acontecimentos drásticos. Conclui que a descrição é a pior maneira para um desabafo, eu sempre fico mais atordoada ainda quando as benditas palavras não se encaixam.
É como se a minha vida fosse uma guerra; tem morte caminhando ao lado. Os gritos ressoam pela profundeza das caixas sonoras de meu corpo, o pedido de socorro não é dito, mas esta lá. Seria essa a maldita incógnita?
O fato é que eu odeio fatos, prefiro os mitos, mas de que adianta preferir algo? Minha vida esta cheia, ou melhor, "cheíssima" de fatos: não tem solução é um deles.
Eu sou um prédio equilibrado por um vergalhão; ele esta caído, mas algo o mantem em pé. - Gabriela Andrade

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Delirium.

Apaga... Apaga! Rabisca!
[...] Não posso pensar tanto, tenho que escrever mais. Engole o choro, sem pranto - Tu precisa de paz!
Platão queria afetar, "as sombras são imperfeitas". Eu quero afetar, as sombras são o reflexo.
A canção que eu ouço, é o sentimento que mais desprezo.
[...] O primo voltou, o câncer chegou. O primo viajou, o vicio ficou.
- A navalha esta na caixa,
cuidado! Não vá se machucar!
Obrigada por se importar,
não vou me machucar.
[...] O corpo ficou caido, a roupa esta avermelhada. - Onde esta a navalha? ao lado.
[...] - Ela só precisava de paz! - Gabriela Andrade