É impossível descrever uma dor, nunca se sente da maneira que deveria, sempre falta algo. Ás vezes se esquece uma virgula e um ponto, e se preenche por reticencias... Na vida também é assim; o ponto final é mais difícil de se encaixar. Já me peguei cheia de exclamações, sem falar ás vezes que usei a interrogação, mas de ponto final tenho poucas histórias, trágicas histórias. Os pontos finais da minha vida foram colocados por outros.
Já me peguei chorando querendo saber o porquê com interrogação, mesmo sabendo que a resposta era nula, sem reticencias ou pontuação, só nula. Não há respostas para acontecimentos drásticos. Conclui que a descrição é a pior maneira para um desabafo, eu sempre fico mais atordoada ainda quando as benditas palavras não se encaixam.
É como se a minha vida fosse uma guerra; tem morte caminhando ao lado. Os gritos ressoam pela profundeza das caixas sonoras de meu corpo, o pedido de socorro não é dito, mas esta lá. Seria essa a maldita incógnita?
O fato é que eu odeio fatos, prefiro os mitos, mas de que adianta preferir algo? Minha vida esta cheia, ou melhor, "cheíssima" de fatos: não tem solução é um deles.
Eu sou um prédio equilibrado por um vergalhão; ele esta caído, mas algo o mantem em pé. - Gabriela Andrade
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