quarta-feira, 28 de agosto de 2013

- O término.

Os dias se tornaram mais frios, o Sol já não me aquece por completa. A escuridão me assombra, o alinhamento das paredes brancas esta errado - nada alinhado.
A cama é grande demais para mim, o travesseiro parece esta perdidamente afundado, mas só tem uma única cabeça nele, não duas. Me pergunto se tudo ao redor vai ser assim pela metade, e quanto tempo a dor dura.
Você me deixou uma incógnita e a resolução me leva a mais questões, e tudo se amplia. Nada se aplica.
"A gente aceita o amor que acha que merece." - diz o livro.
"Como eu pude aceitar você?" - penso.
Eu lembro o momento exato em que entrou em minha vida, sei também que foi um dia feliz. Porém, não me recordo quando tu quis sair dela, e muito menos sei o porquê.
Sua mudança me atingiu como uma facada, sem avisos prévios, lenta e dolorosa. Esta que me perfura algum órgão interno, mas não me faz sangrar. Você não me deixou escolhas, não havia opção.
Eu nem te conheço mais, já não posso julgar teu sorriso e quem dirá teu olhar. Afinal de contas, quem é você? Quem um dia você chegou a ser?
Talvez você só seja medo.
E eu já estou cheia deles. - Gabriela Andrade

sábado, 3 de agosto de 2013

- A rodoviária da saudade.

Pessoas correm em direções opostas, compram cafés, biscoitos e fast food. Com aspectos cansados e sonolentos, estão todos exaustos. Porém, certos de que estão indo ou de que chegaram em algum lugar.
Casais sorriem pelo encontro.
Casais choram pela partida.
O clima é de festa, pois sua amiga a viu pela primeira vez.
Na rodoviária da saudade, me permito a chorar pela sua ausência e pelo desacreditar. 
Quero te ver, te abraçar, te conhecer.
Invejo o entristecer da despedida porque nunca experimentei a imensa felicidade de te sentir junto a mim.