Sou John, só John. Apesar da pouca idade eu me sinto um velho. Sei que sou charmoso, sedutor, egocêntrico, paranoico e tenho uma enorme falta de empatia por todos, mas eu não vejo isso como um defeito meu, pelo contrário, eu não tenho sequer um defeito.
Sou um sádico destruidor de corações e um herdeiro da falta deste. Todos os dias um pensamento de superioridade, um impulso de torturar - ou até mesmo matar - invadem a minha mente e se apossam dela. Esse impulso é bem mais forte do que qualquer outra coisa que eu ousei sentir na vida, até porque eu o carrego diariamente de cá pra lá e a bastante tempo. Além de ser um "pseudo-qualquer-coisa" - pois é assim que me denominam - eu sou observador, tenho olhos de gato, mais um charme.
Observo tudo, cá estou eu a observar.
Observo o vento soprar, a poeira se perder.
Te observo fingindo correr,
fingindo amar,
fingindo chorar,
fingindo sentir.
A morte navegando aos olhos nus.
O cadáver frio jogado ao léu
cá estou eu, sorrindo.
cá estou eu, gritando.
cá estou eu, solitário.
Eu perco o controle a cada nova substancia injetada, não em mim, mas em ti. O presente esta fora de controle, eu estou.
Os seus olhos cor castanho-qualquer-coisa, a sua boca sabor sabe-se-lá-o-que, o seu jeito faz-o-que-tu-quiser me prendem, me esmagam, me abafam. Fazem exatamente o que eu quero fazer com ti, mas no jeito literal da palavra. Tortura.
Você tem abalado o meu sistema, tem abalado o meu lado sociopata e isso me enoja. Eu não deveria esta assim, não mesmo. Nunca fui do tipo de se importar com a dor fisica ou emocional, portanto, entregue-se a mim, satisfaça-me, seja submissa, venha ao meu encontro.
Esfaquear,
sufocar,
bater,
estuprar,
matar,
mas nunca, nunca mesmo, amar. - John, só John.
Nenhum comentário:
Postar um comentário